Ingrid Silva
e a sapatilha
que mudou
a vida dela

Maior bailarina brasileira luta para incluir a maternidade e as mulheres negras numa arte conservadora

Por Wendia Machado
Fotos Divulgação

ballet

A primeira vez
que Ingrid Silva
e eu sentamos
para bater papo
foi em 2018.
Falávamos da
primeira década
dela morando
em NY enquanto
Frida Kahlo, sua
bulldog francesa,
ensaiava cochilar
no meu colo

Mal sabíamos
que a pandemia
já estava a
caminho, assim
como o Black
Lives Matter.
Com a pandemia,
a gente envelhe-
ceu uma década
dentro de um ano.
No entanto,
nem tudo foi
só tempestade

A sapatilha
de bailarina que
a Ingrid pintava
há anos, pois não
haviam sapatilhas
de balé na cor
da pele negra,
foi adicionada ao
acervo do Museu
Nacional de Arte
Afro-Americana
Smithsonian

Nasceu a tão
esperada Laura,
primogênita da
bailarina. O livro
de Ingrid Silva,
“A sapatilha
que mudou meu
mundo”, escrito
por ela mesma,
narra a própria
história enquanto
ainda acontece


Esse livro veio para trazer um pouco mais de visibilidade nas artes. Ele não conta somente
a minha história, conta também
a história das artes, do ballet clássico”


Nunca quis escrever um livro de superação,
que conta mais uma história da menina pobre da comunidade que venceu. É um livro para que
as pessoas saiam
de suas zonas
de conforto”


Lembro de estar
em um restau-
rante caro e as
pessoas olharem
para mim como
se eu não
pertencesse. Estão acostu-mados a ver
a gente ocupar esses espaços como serventes”


A maternidade
foi muito
desafiadora,
especialmente
no ballet, porque
as companhias
de dança não
incentivam mulheres a
constituírem
família, muitos
lugares até te
mandam embora"

Gostou?

elastica.abril.com.br

Leia mais aqui