Tasha & Tracie cantam e falam sobre moda, música, confiança e autoestima para quem está na correria vivendo a rua todos os dias
por Daniela de Jesus Foto Divulgação
MÚSICA
Tasha Okereke resume a sua parceria com sua irmã, Tracie: “Somos artistas, artistas realiza- doras”. Jovens de 26 anos com origem da Zona Norte de São Paulo começaram como blogueiras e ativistas
Atualmente, são DJ’s, MC’s, estilistas, produ- toras e diretoras de arte. Unem o rap com o funk em suas faixas e abordam diversos temas ligados a cultura negra, vivência perifé-rica, sexo e ostentação
Filhas de Roseane Aparecida do Nascimento, mãe brasileira, e de James Okereke, pai nigeriano, as artistas ressaltam que eles sempre foram suas princi- pais influências, tanto musicais quanto visuais
“
Minha mãe é aquela pessoa que você pode estar na merda, mas ela vai dar um jeito de nos deixar muito arrumadas, muito lindas. Meu pai também, e além disso, eles amam música”
A mistura do rap com o funk, características do brime, marca o estilo das artistas que trazem influência do dancehall, drill, trap, gangsta rap e grime
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Cantamos para que as minas se priorizem, principalmente as mais novinhas. Esse negócio de ser agressivo é para tomar o bagulho para gente”
Porque os caras nos colocam em uma situação de sexualização que a gente fala tá bom, somos cadela, então vamos sexualizar mesmo, a ponto de ser tão agressivo que eles ficam com medo”
Recentemente, as gêmeas estavam entre as poucas brasileiras escolhidas pelo Youtube no projeto #YouTubeBlack Voices, que visa promover e dar visibilidade a vozes negras