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Retrospectiva: Psicodélicos

Superamos a conversa careta sobre drogas, e hoje debatemos com franqueza a maconha e outras substâncias com finalidades medicinais

por redação Atualizado em 13 set 2021, 12h11 - Publicado em 31 dez 2020 01h54

A discussão interminável e hipócrita sobre a legalização da maconha no Brasil parece não ter fim, mas em 2020 a Anvisa determinou a liberação do CBD, o composto não-alucinógeno da maconha, para fins medicinais. Foi um ano de poucas, mas boas, notícias sobre o tema.

Enquanto isso, mais pessoas têm trazido luz sobre o tema com diversas iniciativas, que introduziram a planta na cosmética, na gastronomia, e até na religião. Na ciência, o campo de pesquisas se encontra na vanguarda não só com a maconha, mas também com uma série de substâncias psicodélicas naturais e sintéticas.

Por enquanto, o maior desafio ainda é amparar os dependentes químicos e tratar os problemas com drogas como saúde pública. 2020 foi um ano interessante para a psicodelia.

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(Juliana Frug/Fotografia)

Hora certa

A culinária canábica sempre foi tratada com muita seriedade, mas não faz muito tempo que empresas de bebida começaram a explorar a maconha, seja em seus produtos, ou criando harmonizações para acompanhar um beck. Em Florianópolis, Mônica Pupo abriu a Mary 4:20, que torra cafés especiais para a hora do chá.

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(Bárbara Malagoli/Ilustração)
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Onda diferente

Com a legalização medicinal do CBD, os benefícios da maconha ficaram muito mais claros para a sociedade. Para além dos remédios, o canabidiol (e também o THC) têm propriedades antioxidantes e nutritivas que também servem muito bem no ramo da cosmética.

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(Cezar Berje/Ilustração)

“As pessoas deixam de comprar roupa, mas não de fumar maconha”

Os serviços de entrega viram sua demanda aumentar durante a quarentena, e não poderia ser diferente com a maconha e outras drogas em geral. Nós conversamos com um dealer que viu seu faturamento aumentar 75% com o coronavírus.

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(Camila Svenson/Fotografia)

“Deus é canabista”

Na paróquia Francisco de Assis Ermelino Matarazzo, na zona leste paulistana, o Padre Ticão propaga a fé católica e os ensinamentos de que a maconha é divina. Professor, pesquisador e ativista da erva, ele conversou conosco sobre preconceitos e saúde pública.

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(Deco Farkas/Ilustração)
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Terpenos para abusar na cozinha

O que dá gostos tão diferentes para as diversas espécies de maconha são seus terpenos, moléculas aromáticas e gustativas muito presentes também nos óleos essenciais. Aqui no Brasil, suas extrações concentradas já começam a ser utilizadas na gastronomia.

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(Gui Christ/Divulgação)

Rotina fraturada

O fotógrafo carioca Gui Christ passou dois anos de trabalho imerso na Cracolândia, um trabalho de investigação jornalística sobre a história da região e o registro de seus moradores. Nesse ano ele lançou o livro “Fissura”, com o resultado de sua pesquisa no local.

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(Adrien Converse/Unsplash)

A revolução será psicodélica

Atualmente, o Brasil lidera frente mundial de pesquisa que resgata os benefícios e as propriedades terapêuticas de substâncias como LSD, cogumelos, MDMA e ayahuasca, com pesquisadores trabalhando aqui no país e lá fora, e obtendo resultados de vanguarda que mostram que a psicodelia pode salvar a mente humana.

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