ela terceira vez na história, os brasileiros testemunham o adiamento da festa popular mais querida de todas: o Carnaval. Em 1892, o governo carioca mudou as datas da folia para junho, por “precaução higiênica”, devido ao calor de fevereiro; duas décadas depois, a morte do ministro de Relações Exteriores, conhecido como Barão do Rio Branco e tido como herói nacional, causou a transferência da festa para abril; e, em 2020, prefeituras de cidades chave para o Carnaval comunicaram que adiariam o evento do ano seguinte por conta da pandemia do novo coronavírus.
É a primeira vez, no entanto, que lidamos com um adiamento por causa de uma crise sanitária. Mesmo em 1919, depois do auge da gripe espanhola no Brasil, que matou por volta de 50 milhões de pessoas pelo mundo, teve Carnaval – considerado, inclusive, o maior de todos os tempos, com direito à marchinha inspirada na doença. E nem precisamos ir tão longe assim: em fevereiro de 2010, a epidemia de H1N1 ainda estava a todo vapor e as programações carnavalescas não foram suspensas, o que mostra que hoje os governos municipais são um pouco (mas só um pouquinho mesmo) mais responsáveis.
Pela terceira vez na história, os brasileiros testemunham o adiamento da festa popular mais querida de todas: o Carnaval. É a primeira vez, no entanto, que lidamos com um adiamento por causa de uma crise sanitária. Mesmo em 1919, depois do auge da gripe espanhola no Brasil, que matou por volta de 50 milhões de pessoas pelo mundo, teve Carnaval – considerado, inclusive, o maior de todos os tempos
Em nota à reportagem, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo declarou que “o Carnaval 2021 está condicionado à imunização da população contra o Covid-19, e por conta disto, não há uma data definida.” A Riotur, órgão da Secretaria Especial de Turismo do Rio de Janeiro, também divulgou que “sem vacina, não é possível termos o carnaval nos moldes tradicionais, como conhecemos há décadas.”
Gilberto Castro, presidente da Belotur, empresa municipal de turismo em Belo Horizonte, afirmou em entrevista à Elástica que “o trabalho da Prefeitura continua sendo prioritariamente o combate à Covid-19. Partindo desse princípio, o qual a gente vem trabalhando há nove meses arduamente, a gente não consegue pensar na possibilidade de autorizar um carnaval sem a segurança sanitária.”
As prefeituras de Salvador, Recife e Olinda também anunciaram à imprensa que a folia só acontece se houver vacina contra o novo coronavírus.