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Retrospectiva: Antifas

O debate sobre fascismo voltou à pauta, e com ele movimentos que lutam em prol das liberdades individuais. Aqui, reunimos ideias que merecem ser ouvidas

por redação 24 dez 2020 00h31

Do totalitarismo do século passado ao populismo de extrema-direita adotado por políticos em todo o planeta nesse início de século 21, muita coisa mudou, menos a noção de que regimes autocráticos, castrativos e bélicos são nocivos para a evolução da sociedade.

Nem mesmo 80 anos de plena democracia em quase todos os cantos do mundo – aqui no Brasil, mais jovem, iniciada após a Ditadura Militar – fizeram as pessoas entenderem o retrocesso que é eleger pessoas com desejos individuais sobrepostos à noção do coletivo. Mais uma vez, estamos dando com a cabeça no muro da história antes de conseguirmos evoluir.

Com o movimento iniciado pelo #EleNão nas eleições de 2018, era de se imaginar que parte da sociedade brasileira não fosse engolir Jair Bolsonaro calada. De lá para cá, não foram poucos os movimentos e ideias que surgiram como contraponto à sua necropolítica, sua inabilidade, seus retrocessos nos campos dos direitos civis e das liberdades individuais. Por aqui, apoiamos completamente a luta contra o retrocesso. Essas são algumas reportagens que merecem destaque sobre o tema, publicadas ao longo de 2020.

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(Daniella Origuela/Fotografia)

Revolucionários de luvas

No centro de São Paulo, a Academia Boxe Autônomo ensina o esporte de contato para jovens com lições tiradas do boxe antifascista surgido na Itália durante os tempos de Mussolini. Entre seus alunos, o atual campeão paulista de boxe infantil.

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(Caio Guatelli/Fotografia)

A primavera das torcidas antifascistas

Pandemia, assassinato de negros, entregadores em greve enquanto buscavam melhores condições de trabalho. O caldeirão transbordou no final do primeiro semestre, quando torcidas organizadas de futebol marcharam pelo país inteiro na luta contra o autoritarismo.

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Caio Guatelli

Torcidas antifascistas – As mulheres na linha de frente

O machismo que toma conta das arquibancadas e de todo o ambiente futebolístico ficou de lado durante as marchas das torcidas antifascistas. Nós acompanhamos mulheres que encabeçaram os protestos em todo o país.

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(Marcus Steinmeyer/Fotografia)

Terra sem lei? É isso que eles querem

Professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Ricardo Abramovay lançou nesse ano o livro “Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza”. Em entrevista, ele fala sobre o atual modelo de destruição da floresta apoiado pelo governo brasileiro.

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(Gui Christ/Fotografia)

“Tive minha vida interrompida”

Urbanista e ativista das causas dos Sem Teto, Carmen Silva está impedida de entrar nas ocupações que lidera, no Centro de São Paulo. Antes de ser eleita vereadora pela cidade, ela conversou conosco sobre o estado de sítio em que vivem aqueles que não tem como pagar aluguel ou terem uma casa própria.

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(Divulgação/Reprodução)

O desconforto de se perceber em uma sociedade doente

Roteirista de sucesso, Antonia Pellegrino adotou as causas feministas e das minorias em suas obras, e falou conosco sobre a quebra de noções distorcidas que vivemos nos dias de hoje.

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(Pétala Lopes/Fotografia)

“Devo isso às meninas do Acre”

Quando o feminicida Bruno Fernandes foi contratado para ser goleiro do time masculino do Rio Branco-AC, a técnica da equipe feminina, Rose Costa, corajosamente se demitiu. Ela nos explicou o que a motivou a não dividir o mesmo espaço diário com o assassino.

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(Felipe Redondo/Divulgação)

Ocupar o nosso espaço

Escolhida por Sérgio Moro para ser integrante do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, quando ele era ministro da Justiça, Ilona Szabó foi defenestrada do governo por Jair Bolsonaro dias depois. Em novo livro e entrevista à Elástica, ela é categórica em afirmar que nossa democracia está em risco.

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Cristovão Tezza

O amor nos tempos da inércia

Autor consagrado da literatura nacional, Cristovão Tezza lança “A Tensão Superficial do Tempo”, um retrato da sociedade contemporânea sob a ótica de um professor. Ele falou conosco sobre a conjuntura sombria que vivemos hoje.

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(Carol Solberg/Divulgação)

Depois do grito, o desabafo

A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg gritou “Fora, Bolsonaro!” em quadra, e fora dela sofreu censura do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Multada e humilhada, ela decidiu não se calar. Em conversa conosco, atirou contra o machismo e os atos antidemocráticos do poder brasileiro.

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