Espalhados pelo Brasil, bike shops e oficinas comandadas por mulheres incentivam a mobilidade delas sob duas rodas
POR Carol Ito ilustração KAREEN SAYURI
URBANISMO
Além de pedalarem juntas em diversos grupos e coletivos espalhados pelo país, mulheres também marcam presença no mercado de bikes, à frente de bicicletarias e na produção de acessórios e modelos alternativos
Batemos um papo com seis mulheres que, com seus negócios, incentivam a inserção feminina e LGBTQIA+ no mundo da bike
Allen 5
"Meu atendimento visa a escuta empática com todos os meus clientes, em especial as mulheres. Muitas reclamam de terem sofrido machismo na hora de conversar com mecânicos homens, sentem que são tratadas de forma inferiorizada ou menosprezada”, relata.
BiciPr3ta
“Criamos modelos com uma identidade que nos agrada, reverenciando escritoras como Carolina Maria de Jesus. Também são feitos sob medida, entendendo que os produtos não são feitos para pessoas gordas e, sim, para pessoas que estão dentro de um padrão”
Ciclocostura
“90% do que é produzido na Ciclocostura é feito com sobra industrial, como o algodão. Comecei a ir nas bicicletarias e pegar câmaras de bicicleta e pneus para transformá-los em cintos e bolsas, para dar mais tempo de vida para esses materiais”
Cuida Caps
“A Cuida só existe pelo apoio de uma rede de amizade unida principalmente pela bicicleta, que me incentivou a criar e desenvolver um negócio onde fosse possível viver do meu próprio trabalho e das coisas que eu acreditava”
Las Magrelas
“Atendemos bastante mulheres e pessoas LGBTQ. Não é exata- mente um objetivo da gente, acontece de forma natural. Elas acabam se sentindo mais confortáveis por serem atendidas por mulheres lésbicas, negras, por exemplo”
Reciclo Bikes
“Primeiro, veio a loja virtual e, alguns meses depois, sentimos necessidade de montar uma loja física para vender produtos focados em bikes urbanas, além de oferecer serviços de mecânica e revisão”