A comunicadora Veronica Oliveira, do "Faxina Boa", fala sobre preconceito com as domésticas, pandemia e leis trabalhistas
por Beatriz Lourenço Foto Divulgação
CASA
Além da sujeira, uma boa faxina resolve dores do chifre, términos ruins, decepções e pode servir como renovação simbólica de energias. Para Veronica Oliveira, a limpeza virou recomeço
Após ser internada em uma clínica psiquiátrica por tentativa de suicídio, trabalhar como doméstica foi a forma encontrada de sustentar a família – e tudo começou com uma dose de bom humor
Limpou a casa de uma amiga em troca de R$ 150 e percebeu que poderia ser sua profissão. Foi aí que teve a ideia de anunciar o serviço com cartazes divertidos e inspirados em séries e filmes que gosta
Seu rosto foi parar no corpo de personagens como The Flash, Eleven e até Beatrix Kiddo, do filme Kill Bill
“
Isso foi importante porque trouxe pessoas parecidas comigo, a maioria gostava das mesmas coisas que eu e eram da minha faixa etária"
Veronica passou a se dedicar apenas ao Faxina Boa, consolidando-se como criadora de conteúdo. Para ela, as parcerias que aceita devem abrir o debate sobre a valorização do trabalho e a depressão
Em novembro de 2020, sua história foi lançada no livro “Minha vida passada a limpo: Eu não terminei como faxineira, eu comecei”
“
Eu penso que ainda falta empatia nas pessoas, se elas negam até água para quem está limpando a casa delas, imagina o respeito"