Fogo nos racistas

Paulo "Galo" Lima e Danilo
"Biu" de Oliveira discutem
o incêndio do Borba Gato

Por Gabriel Rocha Gaspar
e Vanessa Oliveira
Fotos Renato Nascimento

ESTÁTUA


Eu sou a
favor de não reformarem
a estátua.
Não tem que
preservar a
história?
A gente fez história!”

Paulo “Galo” Lima, ativista

No dia 24 de
julho, Galo e seu
parceiro Danilo
“Biu” incendiaram
a estátua do
bandeirante Borba Gato, em
São Paulo, e foram
criminalmente indiciados.
Esta é primeira
entrevista depois
da ação


Muita gente que
apoiou o Black
Lives Matter,
que achou a causa
justa, foi contra
quando rolou
a ação no Borba
Gato – inclusive
progressistas,
do nosso campo”


Agora, quando
eu volto pra
favela, a tia fala:
‘por que você fez
isso?’ Eu tenho
certeza de que
eu consegui cinco
minutos da
atenção dela”

Biu, ativista


A coisa que o
favelado mais
precisa agora
é de uma Revolução, mano.
Nós estamos em
guerra. E não
temos uma
estátua de 13
metros de altura
do Zumbi dos
Palmares dizendo: ‘Aqui
é nosso'”


Se tivesse uma
estátua de 13
metros do Hitler
na Alemanha
e o povo judeu
fosse lá derrubar
aquela estátua,
não ia ter um
ser humano no
mundo pra dizer
que os judeus
estão errados”


A ação do Borba
Gato trouxe a
articulação do
preto, do pobre.
E é por isso que
a gente chamou
de revolução.
A gente quer
passar uma ideia
para o favelado
que nunca teve
entendimento”


Eu não faço
política, faço
arte. Eu não
tenho discurso,
tenho flow.
Pra mim, arte
e política é como
raça e classe,
favela e cadeia.
Não se dissocia.
A gente estava
fazendo arte ali"

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