Como o site Queering The Map, que compartilha de histórias da comunidade LGBTQIA+, fez eu me sentir parte de algo maior
Por Alexandre Makhlouf Fotos Reprodução
LGBT
Ao abrir o site Queering The Map, um sorriso de canto de boca se abre. O site é um mapa online em que você, pessoa queer que acessa, pode clicar em qualquer ponto e adicionar uma história anonimamente
Qualquer história: de amor, de dor, de primeiro beijo, de paquera, de simplesmente ter visto alguém que você achou gato ou gata ou gate e não teve coragem pra ir puxar um assunto
De se assumir, de não ter coragem para se assumir, de ter transado loucamente e querer contar cada detalhe, de ter terminado com quem você achou que poderia ser o amor da sua vida
O site não é novo – foi relançado em 2018 –, mas descobri-lo recentemente me tocou de uma forma que eu não esperava. Passei horas navegando pelo mundo à procura de histórias de amor entre pessoas LGBT
São mais de 86 mil histórias em 23 línguas, muitas de dor. Me senti menos sozinho ao saber que um homem no interior dos Estados Unidos já sentiu a mesma coisa que eu ao ter seu coração partido
Não acho que todo esse encantamento e esse acolhimento por uma experiência queer, colaborativa e totalmente digital seja apenas meu lado romântico
Muitos de nós, pessoas LBGTQIA+, passamos a vida em busca daquela sensação de pertencimento, de comunidade, de olhar para a solidão e poder considerá-la passado
Se eu puder terminar com um pedido, seria para você, pessoa LGBT, deixar sua história no Queering The Map. Não precisa ser uma de amor, pode ser apenas um dos muitos episódios que você já viveu