Suas obras tratam da desigualdade social e racial, da educação e das múltiplas vivências pessoas negras
por Beatriz Lourenço fotos Divulgação
MURO
Robinho Santana nasceu e cresceu com consciência política. É filho de sindicalistas e metalúrgicos e irmão de vários irmãos. Sua infância foi junto do carro de som da Central Única dos Trabalhadores
Apesar de não seguir os passos de seu pai, o Deputado Federal Vicentinho (PT), e colocar seu nome nas urnas, ele não deixa de lutar pelo que pensa
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Considero meu trabalho um ato político. Com pinturas digo o que deve ser falado para uma minoria que vive no Brasil. Faço com as minhas obras o meu paifaz no carro de som"
O interesse pela arte chegou por meio da música quando era adolescente. Na faculdade, o curso de sua história se transformou quando um professor exibiu um filme sobre Jean-Michel Basquiat
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Vi um artista negro que também falava sobre pessoas negras e isso me tocou muito forte. Tanto que fez eu mudar o entendimento sobre o que eu gostaria de fazer dali em diante"
A maioria das minhas referências são pessoas pretas. Não só nas artes visuais, mas na música, na poesia e em outros segmentos. Foi isso que acrescentou toda a minha formação"
Robinho Santana, artista
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Entendo que a minha arte também precisa retratar as pessoas e elas se perceberem ali. As vivências são muitas: a gente também ama, sofre, tem dificuldades e chora”