Quando saiu da casa de seus pais, em Campinas, para morar sozinha na capital paulista, Amanda Mendes estava começando mais do que uma trajetória em uma nova cidade. Estava mudando de vida. Hoje com quase 425 mil seguidores no Instagram – onde ela atende pelo @todecrespa e compartilha dicas de beleza e autoestima, principalmente relacionadas ao cabelo –, Amanda é o que conhecemos e gostamos de ver no quesito influenciadora: tem um discurso coerente, se posiciona, é linda e inspira muita gente. Mas é importante lembrar que, como no bordão “quem vê close não vê corre”, a jornada dela não foi sempre assim.
“Na época em que decidi morar sozinha, eu não tinha muita coisa e nem condição para comprar novas. Minha mãe foi dividindo o que ela tinha na casa dela e uma das coisas que eu trouxe foi um frigobar, que era do meu pai. Durante meu primeiro ano em São Paulo, esse frigobar que foi minha única geladeira, me acompanhou nessa busca de montar uma casa e me estabilizar longe da minha mãe”, ela lembra. Além de ser um utensílio indispensável, ter a memória da família ali pertinho, no lembrete diário quando ia comer ou beber qualquer coisa, também serviu de apoio. “Depois de um tempo, consegui a grana para comprar uma geladeira maior e devolvi o frigobar pra ele. Agora, anos depois, quando a Brastemp me convidou para participar dessa campanha, lembrei dele na hora.” Resumindo: o pai ainda guardava o frigobar que acompanhou a filha na nova fase, somando mais de dez anos de uso em diferentes lugares.
“Entrei muito cedo nessa questão de não aceitar meu cabelo, fui uma criança e uma adolescente que não gostava do que via no espelho e, com 14 anos, comecei a alisar. Por isso, fiquei muito insegura durante muitos anos. Mas lembro desse apoio que meus pais sempre me deram em todas as fases. Me apoiaram quando escolhi alisar e também quando eu decidi voltar ao natural”
Estava claro na cabeça de Amanda quais seriam os próximos passos: “comprei para ele uma Retrozinha igual à minha e ele ficou feliz demais. Tenho lembranças de, ao longo da vida, ver o quanto ele gostava de ter o frigobar no quarto para ter o momento dele. Poder fazer isso por ele com uma Retrozinha nova resgatou todo esse afeto que eu tenho vinculado ao meu pai”, ela conta, sorrindo. Os momentos de autocuidado e de construção de sua autoestima, aliás, são outra herança do pai que ela coloca em prática diariamente. Na escola, no entanto, o cenário não era de acolhimento em relação a seus fios. Ela ouviu de colegas que o cabelo não era bonito, que precisava “resolver esse problema”. “Meus pais nunca me criticaram, mas não tinham essa questão de abraçar meu cabelo como ele era. E eu entendo, porque eles não tiveram isso na vida deles, então estavam me dando o que eles tinham recebido. Entrei muito cedo nessa questão de não aceitar meu cabelo, fui uma criança e uma adolescente que não gostava do que via no espelho e, com 14 anos, comecei a alisar. Por isso, fiquei muito insegura durante muitos anos. Mas lembro desse apoio que meus pais sempre me deram em todas as fases. Me apoiaram quando escolhi alisar e também quando eu decidi voltar ao natural”, lembra.