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Retrospectiva: Índios

Verdadeiros donos dessa terra chamada Brasil, os povos indígenas voltaram ao centro de análise por sofrerem ataques culturais e às suas florestas

por redação 25 dez 2020 12h05

Guardiões de tradições milenares e de conhecimentos pouco absorvidos pelos povos ocidentais, os indígenas povoavam toda a extensão do continente americano antes da chegada de colonos por aqui, há cerca de 500 anos. Desde então, foram brutalizados, roubados, tidos como selvagens.

Se de tempos em tempos há reconhecimento da importância da preservação dos índios e de suas terras aqui no Brasil, o período recente da política nacional mostrou uma reversão nas noções básicas de respeito que devemos ter com eles. Não apenas isso, seus territórios nativos estão sendo destruídos pela ganância por terra e por uma guerra cultural sem sentido.

Durante nosso primeiro ano, colocamos os indígenas em destaque aqui na Elástica, e trouxemos reportagens que refletem sobre seus papéis, suas identidades e sua importância para o Brasil e também para o mundo. Confira algumas delas.

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(Mavi Morais/Ilustração)

“Envenenam a Terra por não acreditar que ela é um organismo vital”

Ativista e escritor, Aílton Krenak é um dos principais nomes do povo Krenak, original da região do Rio Doce, em Minas Gerais. Dono de algumas das críticas mais ferozes aos povos brancos, ele conversou conosco sobre o que está em jogo com a destruição planetária.

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Retrospectiva: Índios

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5 narrativas dos índios Krenak, “os últimos Botocudos do Leste”

Na conversa que teve conosco, Aílton Krenak também abriu seu baú de histórias e nos relatou cinco contos tradicionais do povo Krenak. Falou sobre a criação do mundo, dos seres humanos, e nos trouxe augúrios.

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(Marcus Steinmeyer/Fotografia)

Terra sem lei? É isso que eles querem

Professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP, autor e ambientalista, Ricardo Abramovay lançou neste ano seu livro “Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza”. Em entrevista, falou sobre a devastação sistemática do bioma amazônico.

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Lideranças Yanomami e Ye’kuana se manifestam contra garimpo em suas terras durante o primeiro Fórum de Lideranças da TI Yanomami, realizado entre 20 e 23 de novembro de 2019 na Comunidade Watoriki, região do Demini, Terra Indígena Yanomami. O fórum reuniu 116 lideranças de 26 regiões da TI, representando 53 comunidades, e 7 associações da Terra Indígena: Hutukara Associação Yanomami (HAY), Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA), Associação das Mulheres Yanomami – Kumirayoma (AMYK), Associação Wanasseduume Ye´kwana (SEDUUME), Associação Yanomami do Rio Marauiá e do Rio Preto (KURIKAMA), Texoli Associação Ninam do Estado de Roraima (TANER) e Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima (HAPYR)
Lideranças Yanomami e Ye’kuana se manifestam contra garimpo em suas terras durante o primeiro Fórum de Lideranças da TI Yanomami, realizado entre 20 e 23 de novembro de 2019 na Comunidade Watoriki, região do Demini, Terra Indígena Yanomami. O fórum reuniu 116 lideranças de 26 regiões da TI, representando 53 comunidades, e 7 associações da Terra Indígena: Hutukara Associação Yanomami (HAY), Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA), Associação das Mulheres Yanomami – Kumirayoma (AMYK), Associação Wanasseduume Ye´kwana (SEDUUME), Associação Yanomami do Rio Marauiá e do Rio Preto (KURIKAMA), Texoli Associação Ninam do Estado de Roraima (TANER) e Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima (HAPYR) (Victor Moriyama/ISA)
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A voz Yanomami

Filho do líder Yanomami Davi Kopenawa, Dário Kopenawa foi ameaçado de morte no início dessa pandemia, e teve que fugir de sua tribo para ter sua vida e sua luta por dignidade territorial preservadas. Do exílio, ele conversou conosco.

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Retrospectiva: Índios

Close & resistência: na luta com os indígenas LGBT+

Dentro das aldeias e entre os índios urbanos, começa uma luta pela aceitação da comunidade LGBT entre os indígenas. Ainda é um tabu, mas organizações como o Coletivo Tibira estão fazendo o cenário mudar.

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(Adriano Gambarini/Fotografia)
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Meu nome é Awa-Pukú

Em Manaus, a proximidade com a floresta integrou muitos indígenas na sociedade considerada “branca”. Na busca por sua ancestralidade, Awa-Pukú encontrou no ensino das línguas tradicionais de seu povo uma maneira de preservar culturas que estão se perdendo.

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(Walter Kumaruara/Arquivo)

Eu moro na cidade

Sem perder suas raízes, indígenas estão se integrando à sociedade brasileira. Investigamos quais seus papéis dentro das artes, da política, da economia e das lutas cotidianas por uma vida melhor.

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(Erik Jennings/Arquivo)
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O doutor da floresta

Descendente de americanos, o médico Erik Jennings dedica sua vida a levar saúde e saneamento básico aos povos indígenas isolados ou com pouco contato com os brancos nas aldeias do norte brasileiro.

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