Deixamos a frente fria para trás e, agora, fomos teletransportados diretamente para um caldeirão, né? As temperaturas subiram no país todo e, enquanto não podemos ir à praia, aos barzinhos ou aos parques com 100% de tranquilidade para aproveitar o tempo bom, o jeito é se distrair com outras coisas. Por sorte, estamos todos no mesmo barco (quem dera isso não fosse uma metáfora…) e trouxemos aqui dicas para deixar o seu fim de semana mais divertido e informativo. Preparades para mais um Recomenda? Só descer aqui e conferir!
Elástica recomenda: pássaros, picolés e sorrisos
Do melhor lugar da internet, passando por achados da natureza e histórias de arrepiar, nossas dicas vão deixar seu final de semana melhor
kareen
The Nicest Place on the Internet
Pode ser TPM, saudades dos amigos ou apenas algum signo x numa casa y que me fez transbordar recebendo abraços de pessoas desconhecidas, chorei de verdade. O lugar mais legal da internet existe e não é exagero. Se você está naqueles dias sem carisma (pra quem vive no Brasil, no caso, todos os dias) é nesse site que você precisa entrar e receber abraços de todos os tipos: em grupo, de casal, de velhinhos, com passarinho, gato ou cachorro, da Malásia, México ou Colômbia. São centenas de vídeos pra você se aconchegar nos braços de alguém. Quer mandar seu abraço também? Lá tem tudo explicado.
Se vídeos de abraços em looping forem too much pra você, mas está sobrando tempo e tédio por aí, viaje no MapChrunch, um street view que te joga em localizações aleatórias pelo mundo. Ou melhor, você pode filtrar por continentes, países e até ambientes urbanos, internos e externos. Já pensou em viajar para o Quirguistão? Eu fui!
🗺️📌 mapcrunch.com
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laís
WikiAves
Fui criada numa família que nunca parou de apontar os nomes das árvores florindo pelas calçadas ou o João-de-Barro que juntava material pras sua casinha, então quando encontrei o Wikiaves me senti em família. Acho muito divertido que o nome científico do Bem-te-vi seja Pitangus sulphuratus, que o site explica ser o nome tupi desse tipo de ave – Pitanguá guaçú – somado à palavra latina sulphur, relacionado ao enxofre e a sua cor amarela. Ouvir o canto do sabiá laranjeira me transporta pra outro tempo. Como é possível explorar por região, dá pra descobrir os nomes dos pássaros que conheço só de vista pra finalmente poder cumprimentar direito. Recomendo se você também for um pouco voyeur de bicos e penas.
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artur
Cochemea – Vol 2: Baca Sewa
Um dos grandes lançamentos da música nesse ano, o segundo disco do norte-americano Cochemea resgata toques étnicos profundos no jazz. Californiano com descendência de povos nativos Yaqui e Mescalero Apache, o multi instrumentalista mistura tambores tradicionais, ritmos latinos e compassos clássicos, tudo em músicas que soam como produzidas para causar ao mesmo tempo um transe e uma elevação espiritual. 🧘🏽♀️🔮🧙♂️
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alê
Não Inviabilize
Somos brasileiros e conhecemos, melhor do que qualquer outro povo, o poder da fofoca. Sabe aquele causo de bairro, da avó de 90 anos da vizinha que tinha um amante também idoso – e a família não sabia – ou aquela história do cara que caiu num golpe dado por um boy bonito que ele conheceu na academia? Pois é, esse podcast é recheado de histórias desse tipo. Deia Freitas, criadora dessa maravilha, atualiza o canal do Spotify diariamente com histórias narradas por ela e enviadas pela audiência, tudo com nomes fictícios para preservar a identidade das pessoas. Os episódios se dividem em: Picolé de Limão – “o refresco ácido do seu dia”, como a Deia chama, com ciladas, trapaças e histórias que fazem a gente rir (na maioria das vezes, de nervoso) porque são sempre um babado; Amor nas Redes – histórias fofinhas que fazem a gente suspirar; Luz Acesa – aqui, temos histórias sobrenaturais, meio de terror, que dão medo e realmente vão te fazer não querer apagar a luz (eu mesmo sempre pulo esses porque sou medroso); e Mico Meu – os causos engraçados da própria Deia.
O Não Inviabilize se tornou meu companheiro oficial de lavar louça – uma atividade que, ao contrário da maioria, eu amo e agora amo mais por conta da trilha sonora – e reparei que, quando acontece alguma coisa bizarra, a voz da Deia ecoa na minha cabeça como se eu estivesse vivendo meu próprio picolé de limão. Se você, como eu, se viciar e zerar os episódios disponíveis no Spotify, dá para contribuir com o Apoia.se e ter acesso a muitos conteúdos exclusivos!
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joão
Rop Van Mierlo
Meus momentos de experimentação com aquarela nunca foram muito satisfatórios. Como taurino, gosto de ter um certo controle sobre as coisas e mexer com tinta diluída em água no papel nunca me pareceu um muito confortável… muitas variáveis apontavam para um provável kaos. Em todos os momentos que me propunha a tentar mais uma vez, acabava diluindo pouco a tinta e usando praticamente como uma guache, sem a transparência e a mistura de cores particulares da técnica.
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Foi rolando pelo feed do instagram, contudo, que esbarrei com o trabalho do Rop Van Mierlo. O artista holandês utiliza a aquarela de uma forma muito particular que me chamou à atenção pelo acabamento final e pela temática – Rop pinta animais amorfos que parecem ser de pelúcia, e o melhor: em aquarela! Pesquisando um pouco mais sobre seus processos criativos, li uma entrevista para a WePresent em que ele comenta justamente sobre algo que merece algumas sessões de terapia, o já supracitado descontrole. Afinal de contas, acho que é a união do descontrole da técnica úmida em aquarela aprendida em uma Escola Waldorf quando criança com descontrole da vida selvagem que faz o trabalho dele tão especial e hipnotizante pra mim – além de achar a coisa mais fofa do mundo!
Depois dessa, deu até vontade de me descontrolar com aquarela no finde 😛 Vamos?
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🥠 biscoito da sorte 🥠
Use lota no seu nariz. Sério. O ar está desértico, precisamos respirar melhor.