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Jaloo na Cama Elástica

O cantor, que faz parte d'Os Amantes, banda que lançou recentemente seu disco de estreia, responde nosso questionário

por Alexandre Makhlouf Atualizado em 16 jul 2021, 18h45 - Publicado em 15 jul 2021 00h25

Músicas de um álbum compostas em dois dias, que depois ficaram mais de um ano descansando até chegar aos ouvidos do público. Essa é a história de Os Amantes, disco de estreia da banda homônima, composta por Jaloo Strobo, duo musical de Léo Chermont e Arthur Kunz. Paraenses apaixonados pela musicalidade do estado, os três entregaram dez faixas delícia, daquelas boas de cantar desafinado no chuveiro ou ouvir a dois para embalar uma noite quente. “Falar de amor nesse momento é muito importante, tá todo mundo precisando. Quando a gente compôs, ainda não estávamos vivendo a pandemia, então era um papo mais de amor próprio, relacionamento, finalização e começo de ciclos. Depois, quando a gente veio lançar, parece até que as músicas têm outro significado”, conta Léo Chermont.

Jaloo

E como é gostoso falar de amor, né? Em “Cotijuba”, por exemplo, Os Amantes convidam um/uma crush para conhecer a ilha, que fica a poucos minutos de barco da capital paraense. Ironicamente, nenhum dos três conhecia o destino quando a música foi composta. “É a mais gostosa do disco e também foi a mais gostosa de fazer. ‘Cotijuba’ nasceu do fato de nós três nunca termos ido até essa praia, que fica muito perto de Belém. Mais gostoso ainda foi gravar o clipe conhecendo Cotijuba pela primeira vez. Ficou muito nítida a nossa alegria na gravação e isso é algo incrível: quando a arte transcende”, revela Arthur.

A química entre os três no vídeo dá até vontade de perguntar: qual é o segredo, então, para ser um bom amante? “Se a pessoa se ama, todo o resto dá certo. Se você se coloca em primeiro lugar, o amor de você por você mesmo reverbera por todo lugar”, decreta Jaloo. Por isso, enquanto ainda não podemos todos conhecer Cotijuba, nossa dica é dar o play no álbum novo d’Os Amantes e conferir o a participação de Jaloo na nossa Cama Elástica. Vem!

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Cama Elástica

Qual sua qualidade favorita sobre você mesmo?
Atualmente, porque foi um processo, é me importar cada vez menos.

E o defeito que você jamais mudaria?
A busca pela beleza. Gosto de ter meus rituais. Exercício, alimentação e alguns procedimentos estéticos que eu não revelo.

Onde você procura buscar inspiração naqueles dias em que não quer sair da cama?
O melhor jeito de sair da cama é levantar e sair (risos). Às vezes, pra tirar algo do papel, o jeito é começar e esperar a inspiração vir. Exercício também ajuda. Sair pra correr, pra caminhar, vai te colocar em outro lugar.

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Qual música não envelhece, não sai da sua lista de preferidas?
One Day, da Björk. Fala de algo que vai acontecer, quando a gente sente isso, e é uma sensação maravilhosa.

“Um defeito que eu jamais mudaria? A busca pela beleza. Gosto de ter meus rituais. Exercício, alimentação e alguns procedimentos que eu não revelo”

Qual livro e/ou filme mudou sua vida? Por quê?
Não sou muito leitor de livros, mas tô agora lendo Meditações, do Marco Aurélio. Foi presente de um crush e tô demorando para terminar, mas tô respeitando meu tempo. Filme com certeza foi Adaptação, do Spike Jonz. É muito cru, fala muito de quem somos, todo mundo faz cagada, todo mundo quer dar o seu melhor e você vê todo mundo tentando.

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Descreva uma noite ideal para você
Tem que tocar muita música que eu tô curtindo no momento. Adoro ouvir música popular, pop brasileiro. Tenho meus momentos introspectivos de sons mais calmos, mas gosto do popular. Minha primeira noite pós-vacina vai ser num show do Zé Vaqueiro, tô apaixonado por ele.

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(Arte/Redação)

Como foi seu primeiro beijo?
Não lembro, não. E gosto de não lembrar.

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O que você diria para o maior desamor da sua vida (até agora)?
Nada. Ressentimento, mágoa, acho que não adianta guardar essas coisas.

O que é imperdoável para você em uma relação?
Não me amar com força. Se alguém está comigo, tem que deixar esse amor claro. Pode amar o resto do mundo também, mas tem que me amar com intensidade.

“Acho imperdoável não me amar com força. Se alguém está comigo, tem que deixar esse amor claro. Pode amar o resto do mundo também, mas tem que me amar com intensidade”

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De qual trabalho seu você mais se orgulha?
Ter dirigido o disco da Gaby Amaranthos, que vai sair agora. Foi uma coisa totalmente nova que eu fiz. O Carlos Eduardo Miranda fez a direção do meu primeiro disco e me ver nesse lugar agora e no futuro é muito gratificante.

Qual a frase mais sábia que já te disseram?
Deixa ir. Tô cada vez mais entendendo o quanto isso é bom.

Qual seria o título da sua biografia?
“Louca, sim, mas de amor”

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E quem interpretaria você no cinema?
Marjorie Estiano. Eu fiquei muito apaixonado por ela depois que trabalhei com ela em Paraíso Perdido. Acho que ela daria conta do recado.

Qual seria seu primeiro decreto como presidente da república?
Taxar os detentores de grandes fortunas, tirar de quem tem muito. Bilionário no Brasil não ia se criar na minha gestão.

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