om a recuperação da memória de Carolina de Jesus pela editora Companhia das Letras, que republicará todos os seus romances a partir de 2021, aproveitamos a oportunidade aqui na Elástica para listar algumas obras essenciais de algumas dessas artistas das palavras. Confira:
Quarto de Despejo – Carolina de Jesus | clique aqui para comprar
Um relato cru sobre a vida de uma mulher preta na comunidade do Canindé, em São Paulo. Obra máxima da autora Carolina de Jesus, publicada em 1960, mas que tem ganhado o devido reconhecimento apenas agora, 60 anos depois.
Olhos D’Água – Conceição Evaristo | clique aqui para comprar
Nesse livro de contos, Conceição Evaristo narra histórias de outras mulheres pretas, suas mazelas e angústias cotidianas. São mães, esposas, avós, meninas, mendigas, todas formando um caleidoscópio daquilo que é ser uma negra no Brasil.
Úrsula – Maria Firmina dos Reis | clique aqui para comprar
Considerado o primeiro romance publicado por uma mulher negra no Brasil, Úrsula foi escrito em 1859, e trata do contexto abolicionista da escravidão em São Luís, no Maranhão. A obra é de Maria Firmina dos Reis, compositora do hino antiescravista e educadora, responsável pela fundação da primeira escola mista e gratuita de seu estado natal.
Filha do Fogo – Elizandra Souza | clique aqui para comprar
Ativista paulistana, Elizandra Souza reserva os 12 contos de Filha do Fogo à adoração de Xangô. Trata-se de sua estreia no gênero da prosa, após mais de uma década escrevendo poesias.
Terra Fértil – Jennyfer Nascimento | clique aqui para comprar
A coletânea de poesias Terra Fértil é a primeira obra de Jennyfer Nascimento, um dos principais nomes da literatura nessa geração. São textos que falam de amor, espiritualidade, maternidade, a luta cotidiana contra preconceitos.
Um Defeito de Cor – Ana Maria Gonçalves | clique aqui para comprar
Um retrato sobre raízes e sobre heranças dilaceradas, Um Defeito de Cor narra a história de uma senhora africana idosa e cega que vem ao Brasil buscar um filho perdido há décadas. Mortes, estupro e escravidão são algumas das memórias que essa senhora tem, memórias tão comuns a tantas mulheres pretas que não alcançam o espaço da literatura.
Pequeno manual antirracista – Djamila Ribeiro | clique aqui para comprar
Neste livro, o mais vendido do Brasil no mês de junho deste ano, a autora – que é uma das vozes mais eloquentes do feminismo negro no país – traz dez lições para entender as origens do racismo e como combatê-lo. Djamila também é autora de outros bestsellers, como Lugar de fala e Quem tem medo do feminismo negro?.
Empoderamento – Joice Berth | clique aqui para comprar
A partir de variadas matrizes teóricas, a arquiteta, escritora e ativista traz, neste livro que faz parte da coleção “Feminismo Plurais”, coordenada por Djamila Ribeiro, pensadores que discutem o empoderamento – da conscientização crítica à transformação cotidiana que o termo pode proporcionar.
Tudo nela brilha e queima – Ryane Leão | clique aqui para comprar
O primeiro livro desta poeta negra, lésbica, professora traz reflexões ora pungentes, ora delicadas, sobre fim de relacionamentos, autoestima e poder feminino. Com quase 600 mil seguidores no Instagram, Ryane é um símbolo de como a literatura contemporânea também pode ter força no ambiente digital.
Não Me Chame de Mulata – Jarid Arraes
O mais popular dos mais de 40 livros que ela já escreveu. Neste, que viralizou na época da publicação, em 2015, ela usa seus cordeis afiados para fazer críticas ao racismo, ao machismo e ao aborto ilegal, entre outros temas.
Negra, Nua e Crua – Mel Duarte | clique aqui para comprar
Sensações em forma de poesia. Inquietações, provações, prazeres e angústia. Em seu livro mais recente, a poeta da periferia de São Paulo usa toda sua habilidade com as palavras nas páginas – ela também é conhecida por ser uma voz proeminente no slam.