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Elástica Recomenda: especial sexta-feira 13

Filmes e séries aterrorizantes para embalar a noite dessa data assombrada

por Redação 13 Maio 2022
01h20

Você é uma pessoa supersticiosa? Se sim, é bem capaz que o dia de hoje tenha significado especial para você. Afinal, a sexta-feira 13 é conhecida, especialmente no ocidente, como um dia em que o mal e os infortúnios estão mais perto de nós. Uma das origens dessa superstição está no cristianismo – o 13 é o número associado ao Diabo e muitas das coisas ruins relatadas na Bíblia, como a morte de Jesus e o assassinato de Abel. Mas nosso intuito principal aqui não é destrinchar a origem da sexta-feira 13, mas sim aproveitar que estamos vivendo uma data dessas no dia de hoje para recomendar nossos filmes e séries de terror favoritos! Das produções que abalam nosso psicológico ao misturar horror e drama aos clássicos que espirram sangue e nos fazem grudar no sofá com os sustos, preparamos uma lista para aproveitar a noite de hoje como pede a tradição.

Calendário sexta 13

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(Suspiria/Reprodução)

Suspiria

A bailarina Susie Bannon se muda para Berlim para estudar junto da prestigiosa companhia de dança Markos Tanz, uma das mais cobiçadas por jovens mulheres que almejam uma vida no palco. Sua chegada coincide com o desaparecimento de outra bailarina, Patricia. Em uma trama sobrenatural de morte e sedução, Bannon ascende rapidamente perante suas colegas, mas a que custo?

Suspiria é um ótimo filme não somente por sua trama misteriosa e envolvente, mas por ser um espetáculo visual durante suas quase três horas de duração. O diretor Luca Guadagnino é dedicado em cada detalhe, da arquitetura da sede da Companhia Markos Tanz aos figurinos, às coreografias e ao sangue – muito dele, muito mesmo.

O filme é protagonizado por Dakota Johnson, e ainda tem Tilda Swinton, Chloë Grace Moretz e Mia Goth no elenco, todas muito envolvidas em recriar a história original de Suspiria, dirigida por Dario Argento em 1977. Esta produção de 2018, disponível exclusivamente no Amazon Prime Video, não é exatamente um remake e nem uma continuação, podendo ser assistida sem o compromisso de conhecer o clássico.

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Enquanto a história se desenrola, há uma mescla perfeita entre o horror psicológico e a violência gráfica, cativando rapidamente o espectador, e então causando uma repulsa aterrorizante. Melhor ainda, Suspiria tem aquilo algo raro na maioria dos filmes de terror, um final que amarra a trama de maneira satisfatória, sem exageros ou apelações.

Diretor do filme original de Suspiria, o próprio Dario Argento merece ser mencionado nesta data tão especial. Além de histórias sobrenaturais, ele também foi um dos pioneiros do gênero slasher, tendo lançado O Pássaro das Plumas de Cristal em 1970, dez anos antes de Hollywood produzir Sexta-Feira 13 e iniciar a febre dos serial killers nas telonas.

Suspiria, no Prime Video

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(Pânico 5/Reprodução)

Pânico 5

Apesar de não gostar muito de filmes de terror, sempre acompanhei meus amigos no cinema na adolescência. Os filmes da moda eram da franquia Atividade Paranormal e eu não entendia muito bem a graça, nunca tive muitos medos e pesadelos com espíritos e aparições sobrenaturais. Mas foi quando vi alguns filmes de Stephen King que comecei a entender um pouco mais a graça. Eram filmes mais bonitos, com histórias mais envolventes e um ritmo mais interessante. Outro que foi muito marcante também foi O Iluminado, de Stanley Kubrick, que vi com alguns amigos em uma festa do pijama. 

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Nesse meio tempo, descobri que adoro o tipo de filme em que há um mistério e que temos que descobrir quem é o assassino que mata todos aleatoriamente – o gênero se chama slasher. No fim do ano passado, recebi uma mensagem de amigos para fazermos o mesmo passeio da adolescência. Compramos uma fileira gigante na estreia e fomos todos assistir o filme, um dos primeiros que vi depois da pandemia no cinema – estava morrendo de saudade. O filme era Pânico 5 e a sala não estava tão cheia, mas tinha um convidado especial. Assim que entramos, vimos uma pessoa com a máscara do Ghostface e começamos a morrer de rir e ficar com medo – um clássico de Pânico.

O novo filme da franquia se inicia da mesma forma que o primeiro, aquela cena de Drew Barrymore, e tem como premissa, claro, a volta do temido Ghostface pela cidade de Woodsboro – com personagens antigos e novos interagindo em cena. O filme é nostálgico para os fãs de terror, marca o retorno de Sidney Prescott (Neve Campbell) e Gale Weathers (Courteney Cox), que não moravam mais na cidade, e de Dewey Riley (David Arquette), o xerife que encabeça a equipe de investigação junto aos adolescentes atrás do assassino.

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Além dos sustos, as cenas cômicas meio exageradas e pastelonas ao longo do filme são uma boa adição ao filme. Pânico 5 é um ótimo filme por saber muito bem como ser autorreferente sem perder a atualidade e o frescor de um filme lançado em 2022. Cenas clássicas de filmes de terror, se utilizando da metalinguagem e segurando a revelação do novo assassino até o final. Ainda está na minha lista rever todos – acho que farei hoje, vamos?

Pânico 5, no Paramount +

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(A Maldição da Mansão Bly/Reprodução)

A Maldição da Mansão Bly

Ainda que eu, Alexandre, não goste muito de filmes de terror – odeio tomar susto e sou facilmente impressionável, fico sonhando com o filme por dias se ele realmente me impactar –, sou interessado em espiritualidade como um todo e meio fascinado nessa coisa de outras dimensões e o que acontece depois que morremos. Acho que foi por isso que gostei d’A Maldição da Mansão Bly, disponível na Netflix. Dirigida por Mike Flanagan, criador de A Maldição da Residência Hill, e baseada na obra de Henry James, essa série conta a história de uma professora que é contratada para ser au pair, uma espécie de babá, e cuidar de duas crianças que moram na mansão Bly: Flora e Miles. Logo na entrevista para o trabalho, Dani (interpretada por Victoria Pedretti, a protagonista de You) é avisada dos boatos sobre assombrações na mansão e as mortes que lá aconteceram. E as crianças de fato têm comportamentos bastante sombrios e o que pareciam apenas rumores se mostram, ao longo da temporada, como fatos bem aterrorizantes.

Talvez o mais interessante de A Maldição da Mansão Bly seja o terror psicológico, o clima de medo misturado à dúvida e a boa dose de drama que existe na trama. Claro, você vai tomar sustos e vai entender que há explicações sobrenaturais para tudo que acontece na casa, mas existem discussões sobre o medo de ser esquecido após a morte, a frustração sobre planos interrompidos que essas mortes causaram, uma boa dose de culpa nas relações familiares dos proprietários da mansão – inclusive dos fantasmas, que aos poucos vão mostrando que são ali almas medrosas, culpadas, que estão sofrendo. Se eu entrar em mais detalhes, talvez seja spoiler demais.

A Maldição da Mansão Bly, na Netflix

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(Dr. Estranho no Multiverso da Loucura/Reprodução)

Dr. Estranho no Multiverso da Loucura

Sim, você não leu errado, e sim, eu estou preparado para ser apedrejado pelos fãs de terror e até pelos fãs da Marvel (haja pedra). Mas queria deixar aqui uma sub-dica que está nos cinemas: o novo Dr. Estranho. O filme tem direção de Sam Raimi, que dirigiu os três primeiros filmes do Homem Aranha, com o Tobey Maguire, e Arraste-me para o inferno, além de outros clássicos de terror, e seu olhar faz muita diferença em Dr. Estranho no Multiverso da Loucura. Você toma alguns sustos alguns takes têm uma estética gore que lembram até O Grito – em especial uma cena em que a Wanda aparece toda suja e ensanguentada (sem mais spoilers). Não acho que seja propriamente um filme de terror, mas a temática do multiverso é perpassada diversas vezes por espíritos malignos, magia negra e outros assuntos que flertam com o gênero da nossa querida sexta-feira 13, então recomendo mesmo assim.

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(it follows (2014)/Reprodução)

Corrente do Mal

Eu não sou do terror, então ou o filme faz um barulho danado entre meus amigos a ponto de eu questionar se terei assunto com eles se não assistir, ou meu namorado me convence a ver algum sem dizer que é um filme de terror. Obviamente os filmes do Jordan Peele (Corra! e Nós) e do Ari Aster (Hereditário e Midsommar) caem na primeira categoria – e Corrente do Mal, um filme baratinho e com uma boa sacada, cai na segunda.

A premissa é simples: uma maldição é passada entre parceiros sexuais, se consegue matar o portador atual, segue na corrente matando o anterior e o anterior e o anterior. Uma entidade IST, sexualmente transmissível. Como se a fita do Chamado que te marca pra morrer em 7 dias, mas ao invés da menina do poço quem se responsabiliza pela sua morte é um ser que anda bem devagar, mas que nunca para.  Não adianta mudar de país, não adianta fazer nada, você só pode passar pra frente e infectar um novo alvo (de preferencia um que transe muito?).

It follows, na Netflix

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From left to right: Curt (Chris Hemsworth), Holden (Jesse Williams), Jules (Anna Hutchison), Marty (Fran Kranz) and Dana (Kristen Connolly) in THE CABIN IN THE WOODS.
From left to right: Curt (Chris Hemsworth), Holden (Jesse Williams), Jules (Anna Hutchison), Marty (Fran Kranz) and Dana (Kristen Connolly) in THE CABIN IN THE WOODS. (cabin in the woods (2011)/Reprodução)

Cabin in the woods

Menção honrosa pra esse filme que é comédia mas é também terror, uma homenagem ao gênero como um todo. Um grupo de amigos vai a um chalé afastado e desencadeia um roteiro clichê com uma família red-neck zumbi que volta a vida pra aterrorizá-los. Descobrimos quando as coisas não correm conforme o esperado que esse é um ritual feito coordenado por uma instituição subterrânea que recolhe medo para alimentar um ser sobrenatural. Dentro da casa muitos objetos poderiam ser gatilho para inimigos diferentes e a tal organização repete esse filme-terror-clichê-ritualistico em vários lugares do mundo, seguindo os tropes presentes em cada cultura.

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🥠  biscoito do azar 🥠

🤡 Você quer um balão 🎈?

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