ndar de skate pode parecer fácil. Afinal, qual seria o problema em subir em cima de quatro rodinhas e sair por aí? Bom, se você quiser competir, isso exige treino, disciplina e muita resistência. Em 2021, o esporte estreou nas Olimpíadas de Tóquio e deu visibilidade a nomes como Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Letícia Bufoni. Após o sucesso, agora é a vez dos paratletas lutarem por mais espaço e visibilidade.
Foi essa a ideia que motivou Vini Sardi a criar o Circuito Paraskate Tour, primeiro evento totalmente dedicado ao skate adaptado. Isso é inovador porque a modalidade geralmente é inserida em campeonatos nacionais ou internacionais. A competição, formada por três etapas, está acontecendo em São Paulo nos meses de outubro, novembro e dezembro.
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No primeiro fim de semana do torneio, fomos até o Skatepark Sport Clube Corinthians Paulista, na Zona Leste, acompanhar o participante Daniel Amorim, de 19 anos. O clima de vitória se instalou na pista do começo ao fim, já que a dificuldade de organizar tamanha festa se reduziu ao mínimo perto do talento daqueles que estavam presentes. Além disso, a alegria dos amigos se reencontrando e outros se formando após um longo período de pandemia foi contagiante.
“Esse evento é ideal para dar mais visibilidade ao paraskate e aos atletas. A ideia é fazer as pessoas nos conhecerem e perceberem que precisamos chegar às paraolimpíadas”, afirma Daniel. “Temos deficiências variadas, mas isso não quer dizer que não podemos fazer coisas incríveis. Aqui no Brasil, a criação de campeonatos assim pode fortalecer a cena e proporcionar mais inclusão social.”
Não há divisão de categoria de acordo com a deficiência — e está tudo bem para Amorim. “Tem gente que não tem visão, que não tem uma perna ou que não tem nenhum dos membros, como eu. É importante deixar todo mundo junto não para competir entre si, mas para mostrar a força do paraskate”, opina o atleta.
“Tem gente que não tem visão, que não tem uma perna ou que não tem nenhum dos membros, como eu. É importante deixar todo mundo junto não para competir entre si, mas para mostrar a força do paraskate”
Daniel Amorim, paraskatista