atriz Tainá Müller já tem 20 anos de televisão. Ainda adolescente, começou a trabalhar como apresentadora no braço gaúcho da MTV. Foi repórter, produtora de reportagem, assistente de direção, editora… “Fiz várias coisas até realmente me decidir pela carreira de atriz”, conta a gaúcha de 38 anos, formada em jornalismo.
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Quando escolheu a interpretação, estreou no cinema com o Cão sem Dono (2007). Desde lá, atuou em longas como Plastic City (2008), que concorreu ao Leão de Ouro, Tropa de Elite 2 (2010) e Bingo – o Rei das Manhãs (2017), além de um punhado de novelas.No dia 1º de outubro, ela estreia em mais de uma centena de países como a protagonista de Bom dia, Verônica, série de suspense da Netflix baseada no livro homônimo de Raphael Montes e Ilana Casoy, com Camila Morgado e Eduardo Moscovis, no elenco. “A Verônica é uma escrivã invisibilizada na delegacia, seu trabalho não é reconhecido. A vocação dela é a investigação”, conta. Na trama, uma mulher se suicida, logo após conversar com o delegado. “Ninguém se interessa muito porque que essa mulher se matou, mas a Verônica resolve partir para a investigação. É a partir daí que a história se desdobra. Tem muito a ver com essa vontade dela de fazer justiça, principalmente para as mulheres. E não posso dar mais spoiler”, ri. Às vésperas da quarentena, Tainá se preparava para gravar Mal Secreto, série da Globoplay escrita por Bráulio Mantovani (Cidade de Deus), adiada para o próximo ano. E engataria em outra série. Mas, em meio ao isolamento, gravou à distância e pelo celular o curta-metragem Amores Pandêmicos, de Fabiana Winits, em que contracenou com Milhem Cortaz, numa tentativa de não ficar parada criativamente e não interromper o fluxo de trabalho, conta.
“Ninguém se interessa muito porque que essa mulher se matou, mas a Verônica resolve partir para a investigação. É a partir daí que a história se desdobra. Tem muito a ver com essa vontade dela de fazer justiça, principalmente para as mulheres”
Também na quarentena, a atriz abraçou uma pós-graduação em filosofia – uma paixão antiga –, com aulas à distância e às vezes com o filho Martin, 5, fruto do seu casamento com o diretor Henrique Sauer, no colo. O curso casa com uma série de lives que ela vem fazendo para procurar entender o cenário pós-pandemia, batizadas de Conversas de um Novo Mundo, disponíveis no IGTV de Tainá, em que ela conversou com Djamila Ribeiro ao babalorixá e doutor em ciências sociais Rodney William.
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A atriz falou com a Elástica sobre isso, saúde mental, maternidade, seu laboratório para viver Verônica em uma delegacia de homicídios e o engajamento provocado por uma personagem antiga: