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Urias na Cama Elástica

Única brasileira escolhida pelo Facebook para celebrar o mês da cultura latino-americana, a artista responde nosso questionário

por Redação Atualizado em 7 out 2021, 15h36 - Publicado em 6 out 2021 22h48

“Silenciosa como uma bomba / Já dá pra ver que ela tá na lombra / Sempre em destaque, nunca na sombra / Vê se não fode, não interrompa.” Ouviu? É nos versos iniciais de Peligrosa, último videoclipe lançado, que Urias já adianta que não veio para brincadeira. A música faz parte de FÚRIA PT1, primeira metade do primeiro álbum da artista. Viver de música não era um sonho antigo, mas, nos últimos cinco anos, ela conta que veio se descobrindo cada vez mais cantora. Como artista, a percepção veio muito antes. 

Urias

“Gosto de arte desde pequena, mas só mais recentemente que fui encontrar meu lado cantora. Eu geralmente começo pela parte visual – clipe e capa de single – de tudo, e só depois vêm as letras e melodias na minha cabeça”, revela. FÚRIA PT1, assim como boa parte das produções contemporâneas, é um álbum visual, mas não se restringe só à beleza das imagens. “Quis mostrar que também tenho sentimentos, que também sou gente, e principalmente falar da raiva e de tudo que ela desencadeia de bom e de ruim.”

E se Urias tem muito a dizer em cima dos palcos, do lado de fora o cenário não é diferente: seu posicionamento frente a questões sociais e sua militância LGBTQIA+ levou a artista a ser escolhida pelo Facebook para representar o Brasil na celebração do Latin Hispanic Heritage Month 2021, celebração da cultura e expressão latino-americana, comemorado entre 15 de setembro e 15 de outubro. “Eu me sinto muito feliz de ver onde meu trabalho está chegando, é muito gratificante e importante pra mim, sem falar do quão é significativo eu ser escolhida para representar o Brasil, país recorde em transfeminicídio”, pontua. Enquanto FÚRIA PT2 não chega – Urias promete que ela vem ainda esse ano! –, convidamos a cantora para encarar nossa Cama Elástica, uma série de perguntas às vezes divertidas, às vezes sentimentais, que resgatam parte do passado de cada entrevistado e, ao mesmo tempo, o faz pensar no que vem por aí. Vem ler!

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Cama Elástica

Onde você procura buscar inspiração naqueles dias em que não quer sair da cama?
Eu simplesmente não saio da cama mesmo. Dou uma pausa, um descanso e, quando tenho que fazer coisas, vou no automático.

Qual música não envelhece, não sai da sua lista de preferidas?
“Baby Boy”, da Beyoncé.

Qual livro filme mudou sua vida? Por quê?
A Resposta, da escritora norte-americana Kathryn Stockett. Ele ganhou inclusive adaptação para o cinema, virou o filme Histórias cruzadas. Foi um livro que me marcou bastante e mudou muito como eu via as coisas na época.

Descreva uma noite ideal para você
Reunir com os amigos e dançar bastante, até cansar.

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Dê uma gongada gratuita em alguém
Melhor não (risos).

Como foi seu primeiro beijo?
Foi bem ruim. Eu não sabia o que eu estava fazendo e, pelo jeito, o menino também não (risos).

O que você diria para o maior desamor da sua vida (até agora)?
Eu não diria nada, nem dirigiria a palavra.

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O que é imperdoável para você em uma relação?
Transfobia.

-
(Arte/Redação)

De qual trabalho seu você mais se orgulha?
Até agora, o clipe de Peligrosa.

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Qual a frase mais sábia que já te disseram?
“Deseje a felicidade a todos, pois quem está feliz não enche o saco”

Qual seria o título da sua biografia?
Acho que seria meu nome mesmo.

E quem interpretaria você no cinema?
Zendaya.

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Qual seria seu primeiro decreto como presidente da república?
Educação de qualidade para todo o país.

E, por último, quem você gostaria que respondesse esse questionário?
Tássia Reis.

-
(Arte/Redação)
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