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Vitor diCastro na Cama Elástica

O influenciador, ativista e apresentador de "Jornada Astral", na HBO Max, responde nosso questionário

por Alexandre Makhlouf Atualizado em 13 jan 2022, 18h41 - Publicado em 24 dez 2021 00h30
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(Clube Lambada/Ilustração)

Eu tenho uma boa notícia. O ano de 2022 vai ser mais fácil do que está sendo 2021 e do que foi 2020.” Apostamos com vocês que isso era tudo que vocês queriam ouvir, certo? “Nós melhoramos, astrologicamente falando. Pelo menos no primeiro semestre. Vamos estar mais em paz, com energia para fazer mais coisas. No segundo semestre, a partir de outubro, vamos viver um momento tenso – sendo brasileiro em ano de eleição, não precisaria nem que os astros me contassem absolutamente nada. Mas é bom saber que teremos um respiro antes do caos”, dispara Vitor diCastro, influenciador, estudioso de astrologia e ativista pelos direitos LGBTQIA+.

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(Ilustração/Redação)

Sua personalidade bem humorada, sem nunca deixar de fazer as críticas que precisam ser feitas, somada à sua didática na fala foram os ingredientes decisivos para que Vitor migrasse das telas dos nossos celulares para as telas da TV: no último dia 21, ele estreou como apresentador em Jornada Astral, programa da HBO Max com 12 episódios em que celebridades se encontram com a também apresentadora Angélica, a astróloga Paula Pires e Vitor para debater cada um dos signos do Zodíaco. “Ter a Angélica do lado me deixou com muito medo no começo, tinha medo de como seria porque ela é uma gigante da TV. Só que ela é muito disponível, generosa, jogou muito comigo. Pra quem for assistir, vai perceber que a química que rola entre eu e ela é muito boa, a gente se diverte demais! Eu chegava no estúdio e a gente já começava com piada, eu e ela, tirando sarro um do outro”, conta Vitor. 

E, entre os quase 1,5 milhões de seguidores que Vitor acumula nas redes, Jornada Astral trouxe a oportunidade de conhecer uma em especial. “Um dia, a Eva, filha da Angélica, estava no estúdio, então cheguei e falei: ‘’Oi, tudo bem?’’ e fiquei conversando com ela. Foi aí que a Angélica disse: ‘você acredita que ela não está aqui pra me ver? Ela está aqui para te ver, veio te conhecer'”. É por causa desse magnetismo que convidamos Vitor para se jogar na nossa Cama Elástica, uma série de perguntas às vezes divertidas, às vezes sentimentais, que resgatam parte do passado de cada entrevistado e, ao mesmo tempo, o faz pensar no que vem por aí. E hoje o papo tá especialmente bom. Desliza pra baixo e boa leitura!Cama Elástica

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Qual sua qualidade favorita sobre você mesmo?
Acho que é o inconformismo ou a empatia. 

E o defeito seu você jamais mudaria?
Mudaria todos os defeitos. A partir do momento em que eu reconheço que é um defeito, já tenho vontade de mudá-lo. 

Onde você procura buscar inspiração naqueles dias em que não quer sair da cama?
Procuro inspiração nas minhas memórias. Nas minhas memórias boas, lembrando das pessoas que passaram pela minha vida e que passam pela minha vida, o porquê eu admiro elas. As pessoas me inspiram muito, então, nesse momento, eu vou pra elas.

Qual música não envelhece, não sai da sua lista de preferidas?
“Like a Prayer”, da Madonna.

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Qual livro e/ou filme mudou sua vida? Por quê?
À procura da felicidade, do Chris Gardner. Quando li, me tocou muito, porque era um momento em que eu estava passando por muita dificuldade. Assisti, li e pensei: “Acho que posso vencer na vida”. Foi uma motivação que gostei de ter, me marcou bastante.

Descreva uma noite ideal para você.
Uma noite ideal pra mim é uma noite em paz. Uma noite tranquila com pessoas que eu amo, de repente tomando um vinhozinho, ouvindo uma música boa, comendo uma comida boa. Com gatos passando entre a gente.  

Dê uma gongada gratuita em alguém
Acho que as pessoas que vão pra internet falar mal da astrologia deveriam procurar o que fazer. A gente vive um momento tão caótico que as pessoas tem tanta coisa que poderiam criticar, criticam a astrologia que só tem um intuito: melhorar a vida das pessoas. Se você não acredita em astrologia, procure o que você acredita. 

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Como foi seu primeiro beijo?
Meu primeiro beijo foi completamente programado. Eu tinha 12 anos e achava que eu já era muito velho pra não ter beijado ainda. Eu conheci uma menina, descobri que ela me achava interessante e pensei que poderia perder o BV com ela, aí eu marquei com ela de manhã, nos encontramos em um lugar e nos beijamos. Depois do beijo eu falei: ‘’Ah, acho que vou pra casa assistir Sakura’’ e fui pra casa. 

Meu primeiro beijo com homem foi bem mais interessante, porque eu já estava dentro de um carro, tinha 16 anos, e meu amigo falando ‘’vai, você deveria beijar ele’’, que era o único gay da cidade que a gente conhecia. Eu saí do carro e fiquei tremendo. Eu vivi toda uma crise, mas o beijo foi interessante.

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(Arte/Redação)

O que você diria para o maior desamor da sua vida (até agora)?
Que eu aprendi com esse desamor. Aprendi e espero que ele tenha aprendido também. Porque foi muito intenso, muito triste e muito violento. Eu espero que pelo menos ele tenha evoluído.

O que é imperdoável para você em uma relação?
Não confiar. A pessoa acha que você vai fazer determinada coisa e, por achar, ela não te fala nada. Acho que isso é imperdoável em qualquer relação. É a pessoa que prefere mentir pra você a não lidar com a consequência do que ela tem para dizer. Eu sou uma pessoa muito franca, muito verdadeira, então detesto que as pessoas escondam coisas. Prefiro que as relações sejam transparentes. 

De qual trabalho seu você mais se orgulha?
Pode ser Jornada Astral’? (risos) Já fiz muitas coisas que gosto, falei de muitos lugares que gostei muito, mas acho que o Jornada Astral é, hoje, a coisa da qual mais me orgulho, porque me entreguei completamente. Eu dei 100% do que eu deveria.

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Qual a frase mais sábia que já te disseram?
A minha mãe sempre diz que a vida é feita de escolhas. Eu amo essa frase, porque é isso mesmo! Choices, gente. As famosas choices. Você tem que saber que a vida é feita de escolhas e elas vão ter consequências. Acho que isso resume muito o que é a vida adulta.

Qual seria o título da sua biografia?
“A vida pode ser maravilhosa”, porque acredito nisso. Temos maneiras de fazer isso. Se não particularmente, socialmente temos condições de fazer com que a vida de todo mundo seja maravilhosa. Infelizmente, as vidas das pessoas não são maravilhosas porque vivemos em um sistema completamente desigual. E a desigualdade trabalha a partir do pensamento de que alguém tem uma vida maravilhosa enquanto outra pessoa está no chão. Mas acho que a vida pode, sim, ser maravilhosa, ou ao menos, deveria ser.

E quem interpretaria você no cinema?
Acho que eu me interpretaria no cinema, mas se eu não tivesse idade para isso, acho que Jesuita Barbosa faria uma versão minha um pouco menor, porque sou muito alto. Mas escolheria ele porque escolheria um ator gay para fazer meu papel, chega de ator hétero fazendo papel de gay, gente.

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Qual seria seu primeiro decreto como presidente da república?
Vamos taxar as grandes fortunas. Vamos causar isso no Brasil? Você que é herdeiro vai ter taxação, viu, querido.

E, por último, quem você gostaria que respondesse esse questionário?
Gloria Groove já respondeu esse questionário? Vamos pedir pra Glória responder. Caso ela já tenha respondido, vamos passar o questionário para Liniker!

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(Ilustração/Redação)
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