hegou ao fim mais uma edição do Big Brother Brasil – para a felicidade de muitos e a tristeza de muitos também, pelos números das votações. Na última terça-feira, 26 de abril, Arthur Aguiar sagrou-se campeão do BBB 22 com 68,96% dos votos, deixando Paulo André e Douglas Silva em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com 29,91% e 1,13%. Ao todo, foram mais de 751 milhões de votos, um recorde para o programa, o que significa que Arthur teve um total de 518.142.254 milhões de votos – quase 2,5 vezes a população do nosso país.
Isso significa que a 22ª edição do BBB foi um enorme sucesso? Não necessariamente. Não foram poucas as notícias de colunistas especializados comentando a baixa audiência do programa. O reality teve a terceira final menos vista da história, de acordo com dados prévios de audiência: foram 700 mil domicílios a menos na Grande São Paulo acompanhando a vitória de Arthur em relação ao ano passado, quando Juliette saiu vitoriosa. O último domingo da edição, inclusive, teve recorde negativo de audiência: 20 pontos na Grande São Paulo, valor considerado baixo para a exibição de um episódio que definiu a grande final.
Além disso, quem acompanhou o BBB 22 desde o início (me incluo aqui, torci muito pra Lina e, na minha cabeça, ela é a campeã moral dessa edição fraca) sabe que o público ficou bem irritado com o clima morno e de conciliação-eterna-good-vibes que pairou sobre a casa menos vigiada do Brasil. Enquanto entoavam “A gente não vai errar” a cada eliminado nas primeiras semanas, mal sabiam os participantes que estavam errando bastante ao entregar o exato oposto do que o público esperava. O que também diz muito sobre a gente, na minha opinião: enquanto bradamos, na edição passada, que tortura psicológica não era entretenimento, parece que em 2022 muita gente queria ver exatamente isso.
BBB 21: Tortura psicológica não é entretenimento
BBB 22: GOOD VIBES NÃO É ENTRETENIMENTO— mãe da fofolete (@slovafruits) January 24, 2022