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10 anos de Psica!

Com um dia totalmente gratuito, festival terá Daniela Mercury, Liniker, Baco Exu do Blues, Urias e as três maiores aparelhagens de Belém no line-up
por Alexandre Makhlouf Atualizado em 15 dez 2022, 10h48 - Publicado em
15.12.2022
10h48
Público na edição 2021 do Psica Festival
Vitoria Leona/Divulgação
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Quem acompanha o cenário de música brasileira pode afirmar sem medo: 2022 foi um ano recheado de festivais. Dos já consagrados no circuito nacional como o Coala, o Balaclava e o Lollapalooza Brasil, a estreantes como o Turá, o Rock the Mountaion e o Primavera Sound São Paulo, o que não faltaram foram ocasiões para dançar e ver nossos artistas preferidos. Mas sabe o que todos os festivais citados – e os mais comentados na mídia – têm em comum? Pois é: na maior parte das vezes, só se fala dos festivais que rolam no eixo Rio-São Paulo.

E isso não acontece porque as outras regiões ficam devendo no quesito festa, música e cultura. Prova disso é o Psica, festival que completa 10 anos em 2022 e se consagra como o maior festival independente de música periférica da Amazônia. Dessa vez, serão três dias de show – entre 16 e 18 de dezembro – em uma edição que terá quatro palcos e mais de 40 apresentações de artistas que celebram as sonoridades afroamazônicas.

O Psica rola no Espaço Náutico Marine Club, no bairro do Guamá, coração da maior periferia de Belém. No line-up, estão nomes de peso como Daniela Mercury, Urias, Baco Exu do Blues, Liniker, Luedji Luna e Flora Matos, além de MC Naninha, Victor Xamã e muito mais. Outra novidade é que, para democratizar o acesso à cultura e permitir que todo mundo cole lá para conferir os shows, um dos dias do Psica – a sexta-feira – será gratuito este ano. Quem quer garantir sua entrada nos três dias de agito ainda consegue comprar o passaporte aqui.

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O Psica pretende levar mais de 10 mil pessoas a cada dia de evento pago na periferia de Belém. A julgar pelo sucesso dos últimos dois shows promovidos pela organização – um no do Dia do Meio Ambiente (5 de maio) e outro no Dia da Amazônia (4 de setembro), que reuniram cerca de 40 mil pessoas –, a festa vai ser grande.

Daniela Mercury
Daniela Mercury (Celia Santos/Reprodução)

Selo próprio e história de resistência

Quem também marca presença nesses três dias de festival é a Psica Gang, selo musical da Psica Produções. Com parceria fechada com a Warner Music Brasil, o intuito é combater a invisibilidade sofrida pelos artistas nortistas a levar uma série de nomes da região aos palcos, como Daniel ADR, Kratos + Mc Íra, Layse e Os Sinceros, Nic Dias e Arthur da Silva.

“O Festival Psica, como um festival preto, amazônico e periférico, procura dar visibilidade para artistas com esse mesmo perfil. E através do intercâmbio com artistas de projeção nacional, a gente tenta atrair a atenção do público para os nossos nomes locais”

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A 10ª edição do evento ainda tem as manifestações regionais e populares, através dos shows de Arraial do Pavulagem, Tambores do Pacoval, Filhos de Maiandeua, Sereia do Mar, Baile do Mestre Cupijó e Lia de Itamaracá. Isso sem contar a participação também de artistas do sudeste como Quebrada Queer e Badsista. O encerramento de cada um dos dias de festa fica por conta das três maiores aparelhagens de Belém: Super Pop Live, Mega Principe New Tech e Surreal Crocodilo.

“O Festival Psica, como um festival preto, amazônico e periférico, procura dar visibilidade para artistas com esse mesmo perfil. E através do intercâmbio com artistas de projeção nacional, a gente tenta atrair a atenção do público para os nossos nomes locais. Assim, como trazer grandes nomes locais com repercussão no Brasil todo, como Gaby Amarantos e as próprias aparelhagens, com décadas de história. E isso é pensado de forma que desde o primeiro artista a se apresentar até o último tenha público, tenha um palco com uma estrutura legal”, conta Jeft Dias, criador e diretor do festival.

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Elástica vai estar presente nesses três dias de festa e, além de conferir as melhores entrevistas aqui no site, você também pode acompanhar a cobertura no nosso Instagram.

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