
assunto parece novo, mas remete à antiguidade. Antes dos dildos vibradores feitos de silicone industrial, modernos, coloridos e cheios de formatos diferentes, mulheres e homens em todo o planeta precisavam se virar com o que tinham à mão na hora de dar umas boas gozadas.
Talvez o livro mais antigo a falar sobre sexualidade, o Kama Sutra já recomendava o uso de consolos, seja naqueles momentos solitários, ou então a dois, ou três, ou muitos. O próprio símbolo do falo é celebrado há milênios por entre os povos, e, dizem as más línguas, muitos santinhos esculpidos em madeira eram utilizados por freiras em conventos para satisfazerem seus apetites sexuais.
O silicone, como sabemos, provém do petróleo, um recurso nada sustentável do nosso planeta. Nos últimos anos, porém, a conversa sobre sustentabilidade alcançou também o sexual wellness, e por isso houve um revival de toys feitos de cristais: “Algumas marcas americanas começaram a crescer e ter visibilidade. Como tudo que tem acontecido nessa área, veio para o Brasil. Hoje temos marcas que têm designs, lapidações e cristais super diferentes”, explica a educadora sexual Clariana Leal. “Também acredito que veio desses movimentos de sagrado feminino e da ginecologia natural, que são crescentes em muitos países. Essa questão de resgatar a ginecologia natural, de ir atrás de produtos naturais – seja na alimentação ou na cosmética – também vai nos aproximando dos toys que são mais sustentáveis, que são trazidos com essa estética do espiritual.”