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Elástica recomenda: o que fazer em setembro?
Cinema, exposições, festivais de música e mais! Listamos eventos para ir sozinho ou acompanhado
É impressão nossa ou agosto, pela primeira vez, passou rápido? Parece que foi ontem que a gente estava aqui listando as melhores coisas para fazer… Bom, o importante é que voltamos com uma lista quentinha de eventos para setembro. Esse mês tem feriado pra curtir, início da primavera, festival de música no nordeste – é o MADA, Música Alimento da Alma, com apresentações de Linn da Quebrada, Emicida, Gloria Groove e mais –, além de exposições, lançamentos de livros que falam de épocas sombrias da política brasileira e muito mais.
Prepara o dedinho pra clicar em “Copiar link” e enviar para o crush e para os amigues e já sugerir o que você quer curtir nas próximas semanas, que estão cheias de coisa boa. Olha só:
Desvairar 22
Que tal partir da Semana de Arte Moderna de 22 para refletir sobre alguns acontecimentos importantes que marcaram a história do Brasil? A mostra “Desvairar 22”, que acontece no Sesc Pinheiros, reúne mais de 270 itens, entre obras, fotos, objetos, filmes, músicas, documentos e textos que rememoram momentos como o centenário da Declaração da Independência do Brasil, a Exposição Internacional do Centenário, a primeira transmissão de rádio no país e a descoberta da tumba de Tutancâmon.
Transitando entre fatos e ficção, a exposição se propõe a explorar caminhos ainda não percorridos. Assim como os modernistas desvairaram ao invocar o povo brasileiro no esforço de criação de um país ainda inexistente, ela convida os visitantes a um exercício de imaginação histórica para ressignificar o que passou. Há obras de Abdias Nascimento, Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Paulo Nazareth, além de projetos “faraônicos” registrados em Brasília por Marcel Gautherot, fotos de viagem de D. Pedro II e muito mais!
Onde: Sesc Pinheiros (R. Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo)
Quando: De 28 de agosto até 15 de janeiro de 2023
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Anistia, de Pedro Süssekind
Se você gosta de pensar política, este lançamento da editora Harper Collins é uma ótima escolha de leitura para o mês. A narrativa se passa na efervescência da política brasileira dos anos 1979, onde Emílio Rivas vive sua vida de jovem universitário no Rio de Janeiro ao lado da mãe, Rebeca, e de amigos, além de conviver com a expectativa da volta da namorada, Aline, que foi a Paris estudar cinema. No entanto, a família Rivas vive sob a sombra de um passado trágico: Luís Rivas, pai de Emílio, está há anos desaparecido, deixando seus familiares e amigos com várias questões sobre seu paradeiro – triste realidade vivida por muitas famílias brasileiras durante o período da ditadura. No entanto, com a notícia da Lei da Anistia, que concederia perdão aos crimes políticos, o retorno de Luís começa a se tornar uma possibilidade, ainda que remota, e a busca por mais informações sobre seu pai faz a esperança renascer em Emílio.
Pedro Süssekind, nascido no Rio de Janeiro em 1973, é autor do ensaio Shakespeare, o gênio original (2008), do livro de contos Litoral (2005), do romance Triz (2011), além de diversas traduções e artigos. Doutor em Filosofia pela UFRJ, é Professor Associado da Universidade Federal Fluminense, onde atua na área de Estética e Filosofia da Arte.
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Quando: 15 de setembro
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Festival Mada
Os artistas Don L, Linn da Quebrada, Emicida, Djonga, BaianaSystem, Potyguara Bardo (foto), Letrux, Gloria Groove são alguns dos confirmados da 22a edição do Festival MADA (Música Alimento da Alma). A ideia dos organizadores é fortalecer a diversidade e a equidade de gênero no line up, além de proporcionar um evento para todas as idades.
O festival, que não aconteceu em 2020 e 2021 devido à pandemia, volta este ano à Arena das Dunas, em Natal (RN) e terá como exigências para acesso o comprovante de vacinação com duas doses ou dose única, junto com documento de identificação com foto.
Onde: Arena das Dunas (Av. Prudente de Morais, 5121 – Natal, Rio Grande do Norte)
Quando: 23 e 24 de Setembro
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Lurdez da Luz
A cantora paulistana Lurdez da Luz comemora 20 anos de carreira na música e preparou uma surpresa para os fãs: no dia dia 3 de setembro, rola uma tarde de autógrafos para celebrar o relançamento em vinil de seu primeiro álbum, que leva seu nome. Lurdez da Luz completa doze anos, foi remasterizado por Artur Joly e é um marco na carreira da artista, pois traz as primeiras composições solo de Lurdez. O vinil é uma parceria com os selos Pindorama, Made in Quebrada e LaTi Ina, selo da própria artista.
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Para celebrar o relançamento do primeiro álbum, Lurdez da Luz também prepara uma turnê, que estreia nos dias 24 e 25 de setembro no Sesc 24 de maio. Imperdível!
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Onde: Tarde de autógrafos a partir das 14h30 no Made in Quebrada Discos (R. Sete de abril, 154 – loja 21, na galeria Nova Barão, São Paulo), com entrada gratuita. Shows no Sesc 24 de maio (R. 24 de Maio, 109 – República, São Paulo)
Quando: Tarde de autógrafos no dia 3 de setembro, show nos dias 24 e 25 de Setembro
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Bom Dia Sem Companhia
A peça Bom Dia Sem Companhia conta a história de Vini (Vitor Rocha) e Lara (Luiza Porto), dois ex-apresentadores mirins que são convidados a gravar, ao vivo, um especial de 10 anos do antigo programa que comandavam, o “Vini e Lara Show”. O convite os leva a reviver memórias boas e ruins, as alegrias e frustrações e faz com que eles levem esses conflitos para suas sessões de terapia. A obra deixa evidente as marcas que o sucesso do passado deixaram em suas vidas e na amizade entre os dois.
Assuntos atuais, discutidos ao longo desse mais de um ano de pandemia, são trazidos na peça. Os destaques vão para a terapia e o alerta sobre o incentivo a crianças gerarem conteúdo, principalmente nas redes sociais. Outros temas como ansiedade, solidão e síndrome do impostor também são abordados.
Onde: Teatro Vivo (Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 – Vila Cordeiro, São Paulo)
Quando: Em cartaz até 29 de setembro. Quartas e quintas, às 20h.
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A Fantástica Fábrica De Golpes
Dois jornalistas brasileiros radicados no Reino Unido, Victor Fraga e Valnei Nunes, investigam a longa tradição de golpes de estado no Brasil e na América Latina. Eles revelam como a grande mídia e as fake news tiveram um papel fundamental na derrubada de Dilma Rousseff, na campanha de Lawfare e prisão política de Lula, e na ascensão da extrema-direita, encarnada por Bolsonaro.
No longa, que conta com entrevistas com a ex-presidenta do Brasil, ganhadores de prêmios Pulitzer e Nobel, advogados de direitos humanos e músicos, é possível ver paralelos claros com outras nações em todo o mundo – que revelam o viés e a manipulação da mídia como um fenômeno internacional. Há, ainda, a trilha sonora original composta por Chico Buarque e interpretada pelos artistas da banda Francisco El Hombre e Josyara.
Assista ao trailer:
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Onde: Nos cinemas
Quando: 1º de setembro
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ouvir àterra, de Gustavo Caboco
As obras de Gustavo Caboco têm a ver com a história de sua família. Lucilene, sua mãe, que nasceu na terra indígena Canauanim, em Roraima, foi deslocada de forma forçada e ficou anos longe dos seus. Essa prática criminosa era muito comum durante a ditadura militar no Brasil. Apenas em 2001, 33 anos depois de ter sido tirada de sua terra, conseguiu voltar – levando consigo o filho.
Vivendo na ponte entre Paraná e Roraima, o multiartista usa o desenho, a pintura, os têxteis, a animação, a performance e a palavra para refletir sobre os deslocamentos dos corpos indígenas e as retomadas de memória. E um recorte de 20 obras dessa produção será exibido na mostra “ouvir àterra”.
Em diversas obras, Gustavo traz a representação de bananeiras, um elemento que usa para aludir à força e à autonomia. “Plantar uma bananeira é um ato de territorialização da memória, é um curso de ação para se conectar a uma paisagem específica Wapichana e se conectar com a memória de nossos avós, como Casimiro, um dos importantes líderes Wapichana da nossa história da Serra da Lua, que lutou pela autonomia Wapichana plantando bananeiras”, explica.
Onde: na Galeria Millan (R. Fradique Coutinho, 1360/1460 – Pinheiros, São Paulo)
Quando: Até 17 de setembro. De segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 11h às 15h.
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Rasga & Quebra
A Gengibrão, loja no Centro de São Paulo que fomenta a cena de arte, decoração e moda independente, foi convidada pela DW! Semana de Design de São Paulo para montar a feira “Rasga & Quebra“. Serão 30 artistas ou iniciativas selecionadas pelos criadores da loja, Oscar Nunes e Caio Casagrande, para vender gravuras em diferentes métodos de impressão, livros, publicações independentes, cerâmicas utilitárias e esculturas.
O evento se propõe a promover o encontro entre artistas independentes e ser uma vitrine de pequenos produtores, fomentando uma cena jovem e criativa do design e da arte – tudo acessível, já que os trabalhos disponíveis começam a partir de R$ 20, preço de alguns pôsteres. Quem gosta de exclusividade e topa pagar por ela também estará contemplado nos stands, que terão peças únicas.
Entre as marcas e ateliês selecionados, espere encontrar Riso Tropical, Catarina Pignato, Alastra, Bebel Books, Nuvem Cerâmica, Gruta, Kaio Fialho, Elisa Pessôa e mais. Tudo isso com DJ sets ao longo do dia e drinks artesanais da Escanção Central. Vai perder?
Onde: Edifício RBS 700 (R. Ribeiro da Silva, 700 – Barra Funda, São Paulo)
Quando: 10 e 11 de setembro
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Projeto Querino
No ano em que o Brasil completa 200 anos de indepêndencia, o projeto Querino se debruça sobre a história dos negros em solo nacional. A frase do fotógrafo Januário Garcia resume o fôlego da empreitada: “Existe uma história do povo negro sem o Brasil, mas não do Brasil sem o povo negro”. Ao longo de oito episódios, fica claro que toda riqueza do país veio (e vem) dos negros, da sua exploração – essa, sim, a maior economia do período colonial. Elaborado pela rádio Novelo, pelo jornalista Tiago Rogero e com consultoria de história da professora Ynaê Lopes, o projeto tem diversos depoimentos marcantes e é indispensável para entender quem somos e como podemos construir o futuro desta nação. Melhor e juntos.
Onde: em projetoquerino.com.br, no YouTube ou na plataforma de streaming da sua preferência
Quando: você quiser 😉
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